CRIMES FINANCEIROS NA FRONTEIRA DO BRASIL COM O URUGUAI
*POLÍCIA FEDERAL DEFLAGRA OPERAÇÃO CONTRA CRIMES FINANCEIROS NA FRONTEIRA DO BRASIL COM O URUGUAI*
_Comércios estabelecidos no Chuí e Santa Vitória do Palmar recebiam recursos de criminosos de outros estados para lavagem de dinheiro e evasão de divisas_
Santa Vitória do Palmar/RS - A Polícia Federal deflagra, nesta quinta-feira (01/12) a Operação Mercator, de repressão a crimes financeiros como evasão de divisas, câmbio ilegal, lavagem de dinheiro, além de organização criminosa, na região da fronteira do Brasil com o Uruguai.
Na ação de hoje, policiais federais cumprem cinco mandados de busca e apreensão nos municípios do Chuí e Santa Vitória do Palmar. Também são executadas medidas de constrição de bens e valores, com o bloqueio de contas bancárias de duas empresas da região e demais envolvidos, totalizando a determinação de indisponibilidade de até 30 milhões de reais, bem como a restrição de transferência de veículos pertencentes aos principais investigados. Além dessas medidas, foram decretadas a impossibilidade de comunicação entre os investigados, a proibição de gestão dos estabelecimentos e o comparecimento periódico ao juízo.
A investigação teve início a partir do compartilhamento de provas pela Delegacia de Araguaína (TO), que indicava a remessa de valores ilícitos para estabelecimento investigado na Operação Mercator.
O grupo estabelecido na região seria responsável pela lavagem de dinheiro e remessa de valores ao Uruguai, com a transposição física de dinheiro em espécie, em conexão com casas de câmbio do país vizinho.
Há indícios de lavagem de dinheiro de crimes como o contrabando e descaminho, entre outros, a partir do recebimento de valores por comércios locais. Os recursos eram enviados de diversos estados do Brasil por pessoas físicas e jurídicas, muitas sem identificação de origem, sem atividade relacionada aos estabelecimentos comerciais suspeitos que justificasse a remessa dos valores. Entre 2019 e 2021, a organização recebeu aproximadamente 30 milhões de reais, a maior parte com indícios de origem ilícita e provável destino ao exterior.
O nome escolhido para a Operação traduzido do latim significa comerciante. O que se deu em razão de o principal alvo ser responsável por dois grandes estabelecimentos comerciais da região, os quais movimentaram elevada quantia com suspeita de origem ilícita.
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